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ARTIGOS

As mudanças no mercado de trabalho na Sociedade 5.0

  • Foto do escritor: Cristina Chagas
    Cristina Chagas
  • 15 de nov. de 2019
  • 4 min de leitura

Atualizado: 10 de dez. de 2021


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Síntese comentada do livro "A quarta revolução industrial de Klauss Schwab", parte do meu artigo de MBA em Gestão de Pessoas.


A Sociedade 5.0, aliada a Quarta Revolução industrial está cada dia mais próxima das sociedades em geral. Ao logo da história, nota-se que as revoluções geralmente ocorrem quando os avanços tecnológicos e as novas formas de perceber o mundo desencadeiam mudanças sociais e econômicas, como visto na primeira revolução industrial até a atualidade.


Segundo Schwab (2016), a quarta revolução industrial não diz respeito apenas a sistemas e máquinas inteligentes e conectadas. Seu escopo é muito mais amplo. O que torna a quarta revolução industrial fundamentalmente diferente das anteriores é a fusão das tecnologias e sequenciamento genético, nanotecnologia, energias renováveis, computação quântica, e a interação entre os domínios físicos, digitais e biológicos. É perceptível essa nova tendência de mercado, mas quais são os impulsionadores da quarta revolução industrial e quais áreas irão sofrer mudanças significativas?


Schwab (2016) divide esses impulsionadores em três categorias: física, digital e biológica. Na categoria física estão os veículos autônomos sem motorista que são dirigidos por tecnologia, isso inclui drones, caminhões, aviões e barcos; Impressão em 3D irá criar por meio digital objetos em três dimensões e no momento limita-se a indústria automotiva, aeroespaciais e médicas, porém há estudos que comprovam que as impressoras 3D poderão produzir células e órgãos humanos; Robótica avançada irá utilizar robôs especialmente na área industrial, exemplo na indústria automotiva, também serão utilizados robôs na a de estar cada vez mais presente na agricultura e no cotidiano em geral; Novos materiais é o surgimento de materiais que já estão chegando ao mercado que em geral são mais leves, mais fortes, recicláveis e adaptáveis, tais como materiais inteligentes com autorreparação de limpeza, metais com memória que retomam suas formas originais, cerâmicas e cristais que transformam pressão em energia entre outros.


Na categoria digital se encontram os dispositivos usados pela chamada “Internet de todas as coisas” (IoT) que pode ser descrita com a relação entre as coisas (produtos, serviços, lugares e etc) e as pessoas que se torna possível por meio de diversas plataformas e tecnologias digitais. Esses sensores que conectam as coisas do mundo físico ao mundo digital estão avançando com muita rapidez. Sensores menores, mais baratos e inteligentes estão sendo instalados em casas, roupas e acessórios, cidades, redes e transportes e energia, bem como nos processos de fabricação. Hoje existem bilhões de dispositivos em todo o mundo, como smatphones, tablets e computadores conectados a internet. (SCHWAB, 2016)


O blockchain também conhecido como “Livro-razão distribuído” é outro impulsionador da revolução 4.0 em meio digital, porque contribui no envolvimento e colaboração entre indivíduos e instituições. Conforme explica Schwab (2016), o blockchain é um livro contábil compartilhado, programável, criptograficamente seguro, e, portanto, confiável, ele não é controlado por nenhum usuário único, mas pode ser inspecionado por todos. O Bitcoin é o blockchain mais conhecido neste momento, mas a tecnologia logo dará origem a outros modelos. Pode-se considerar que as plataformas tecnológicas viabilizam aquilo que chamados de economia sob demanda ou economia compartilhada. São plataformas utilizadas por meio de smartphones e derrubam barreiras para que empresas e indivíduos possam interagir no consumo de bens e serviços, produzindo riquezas e alterando espaços físicos pessoais e profissionais. O modelo da empresa Uber é um dos principais neste segmento, o próprio Facebook é a mídia mais popular do mundo e não cria nenhum conteúdo.


Na categoria biológica as mudanças darão mais precisão as pesquisas científicas, outro ponto é que a tecnologia irá desenvolver a biologia sintética que oferecerá a capacidade de criar organismos personalizados, escrevendo o DNA deles. Esses avanços não só causarão impacto profundo e imediato na medicina, mas também na agricultura e na produção de biocombustíveis.


Tais alterações advindas na quarta revolução industrial, certamente irão impactar em mudanças econômicas, sociais e culturais. Segundo Schwab (2016) haverá impactos na economia, nos negócios, nos governos e países, na sociedade e nos indivíduos. E em todos esses setores possivelmente haverá mudanças positivas e negativas, especialmente na questão do mercado de trabalho. A revolução tecnológica tem permitido o surgimento de novas profissões a cada dia e a tendência é aumentar a demanda por profissionais conectados, porque as novas tecnologias mudarão drasticamente a natureza do trabalho em todos os setores e ocupações. Em contrapartida, há uma preocupação com a substituição de mão de obra humana por máquinas computadorizadas e até mesmo robôs como já é realidade nos países europeus. Até que ponto a revolução tecnológica será positiva para a humanidade?


De acordo com uma pesquisa realizada na Universidade de Oxford em 2013 citada por Schwab (2016) as profissões mais rotineiras e repetitivas tendes a serem extintas do mercado, ou seja, toda a atividade que possa ser feita por um sistema automático como envio de e-mails, atendimento de recepção, telemarketing e outras. Dentre as profissões menos propensas a serem extintas são ligadas todas as que estão ligadas a área de tecnologias, e nas áreas de cuidados com pessoas tais como assistentes sociais, médicos e cirurgiões, psicólogos, gerentes de recursos humanos, treinadores de pessoas, antropólogos e arqueólogos, engenheiros marinhos e arquitetos navais, gerentes de vendas e diretores. O emprego crescerá em relação a ocupações e cargos criativos e cognitivos de altos salários e em relação às ocupações manuais de baixos salários; mas irá diminuir consideravelmente em relação aos trabalhos repetitivos.


Portanto, nota-se que dois cenários se desdobram aos olhos da sociedade: um direcionado as novas possibilidades profissionais que surgirão pelo avanço tecnológico e outro para a extinção de profissões. o novo cenário trará profissões como analista de internet da coisas (IoT), engenheiro de cibersegurança, especialistas em segurança digital, educadores EAD, gestão de recursos humanos e recursos robóticos, curadores de memória pessoal, profissionais de marketing digital, coach e treinadores comportamentais, gestores de resíduos, arquitetos 3D, ente outras profissões que devem surgir nos próximos anos.


Um ponto importante ser considerado neste novo cenário é que não somente habilidades técnicas serão necessárias aos profissionais do futuro. Há uma forte tendência para o desenvolvimento de capacidades cognitivas, a capacidade de gestão de conflitos e de competências emocionais, tendo em vista que a relação homem x máquina será cada vez mais comum no cotidiano profissional.


Escrito por:

Cristina Chagas, Analista Comportamental e Coach, MBA em Gestão de Pessoas, Especialista em Gestão da Informação e Conhecimento, Bacharel em Biblioteconomia, Palestrante da área de Desenvolvimento Pessoa.


Referências: SCHWAB, Klauss. A quarta revolução industrial. São Paulo: Edipro, 2016.

 
 
 

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